O problema do descarte eletrônico
O aumento do poder aquisitivo para muitas pessoas trouxe além do acesso a tecnologia, também um
problema sério que é a enorme quantidade de lixo eletrônico produzido nos dias de hoje.
Os resíduos eletrônicos já representam 5% de todo o lixo produzido pela humanidade.
O Brasil produz 2,6Kg de lixo eletrônico por habitante, o equivalente a menos de 1% da
produção mundial de resíduos do mundo, porém, a indústria eletrônica continua em expansão.
Atualmente o Brasil possui dois dispositivos digitais por habitante, incluindo smartphones,
computadores, notebooks e tablets. Entre os aparelhos ativos, são 424 milhões em todo o País.
E espera-se que esse número continue crescendo nos próximos anos. Baseado na vida útil dos
eletroeletrônicos no prazo de três a cinco anos tudo isso se transformará em lixo tecnológico.
Pode-se afirmar também que não apenas pessoas físicas estão comprando mais computadores e/ou
eletrônicos. Muitas empresas também estão investindo em novas tecnologias em conformidade com
seus planejamentos estratégicos e aumento da competitividade mercadológica.
Os computadores possuem componentes derivados de materiais como ouro, prata e cobre que, quando
depositados de modo irregular e expostos ao sol e a chuva, liberam partículas que podem
contaminar o solo. Para evitar essa contaminação devido ao resíduo eletrônico, é feita uma
separação dos metais e do plástico, que são encaminhados para uma reciclagem adequada.
Para evitar a contaminação do solo com os componentes presentes nesses materiais, o ideal é a
reciclagem de lixo eletrônico. É importante ressaltar que esse tipo de resíduo não deve ser
descartado em lixeiras comuns e embrulhá-lo em jornais ou plásticos não ajuda em nada o processo.
Com a crescente preocupação dos governos e de empresas com o descarte de lixo eletrônico, estão
sendo criados normas e programas de incentivo às empresas, para que elas efetuem a coleta do lixo
eletrônico. Porém, isto não ocorre de forma eficiente em nosso país.
Reciclagem do Lixo de Informática
Usualmente, o processo de reciclagem do lixo de informática inicia com a coleta e/ou
recebimento do material obsoleto. Após, os equipamentos passam por uma triagem que irá
definir se o computador e/ou monitor está funcionando, aqueles em condições de uso são
encaminhados para projetos de inclusão digital de comunidades e escolas.
O computador, ao fim de sua vida útil, é desmontado, os componentes são separados
(plásticos, metais, placas de circuito impresso, etc.) e descaracterizados.
O volume é reduzido por trituração e/ou compactação (para minimizar os custos de transporte)
e, por fim, é encaminhado para a adequada reciclagem. A reciclagem pode ocorrer diretamente
nos centros que realizam a separação, se possuírem estrutura para tal atividade, ou em
recicladoras especializadas (por exemplo, recicladoras de plástico).
Bases do projeto de extensão
Assim, levando em consideração o problema do descarte de lixo eletrônico e o acumulo de equipamentos de informática de diversos tipos, surgiu a proposta do projeto UFES TI-VERDE , onde a instituição pretende atuar através do conhecimento técnico dos alunos de Computação no processo inicial de Reciclagem de Lixo Eletrônico, no descarte destes mesmos materiais e na recuperação dos equipamentos para serem encaminhados para projetos de inclusão social.